segunda-feira, 16 de abril de 2012

O Motorista Diabético




A avaliação dos condutores portadores de diabetes, em especial os usários de insulina, merece atenção especial do médico acompanhante e principalmente do médico perito examinador, pois essas pessoas presentam maior prevalência de algumas doenças que podem colocar em risco a direção veicular.

Vejam os exemplos de algumas doenças associadas ao diabetes que colocam estes condutores em risco:
- Retinopatia diabética: uma das principais causas de perda da visão.
- Neuropatia diabética: provoca alterações motoras e de sensibilidade nos membros inferiores.
- Doença arterial coronariana e cérebrovascular (derrames e infartos).
- Hipoglicemia: é o evento de maior risco para a segurança do tráfego, principalmente nos usuários de insulina. A possibilidade de hipoglicemia deve ser sempre considerada e prevenida.

A hipoglicemia provoca sintomas como taquicardia, tremores, aumento da agressividade, sudorese, náuseas, tonturas, falhas de atenção, diplopia (visão dupla), inquietação, incoordenação motora, desorientação, desmaios, convulsões, coma e pode chegar ao óbito.
A possibilidade de ocorrência de hipoglicemia em motoristas diabéticos usuários de insulina já foi relatada e documentada em vários estudos.

É importante que os condutores portadores de Diabetes reconheçam os sintomas citados acima e parem o veículo em um local seguro na primeira oportunidade. 

Algumas recomendações para o motorista diabético: 

- Evitar dirigir alguns dias após as mudanças das doses de medicamentos ou insulina.
- Submeter-se a exames oftalmológicos anualmente. É inclusive exigência do CONTRAN uma avaliação recente de exame de fundo de olho para inscrição inicial ou renovação da carteira de habilitação.
- Conservar permanentemente porções de açúcar em local de fácil acesso no veículo. Isso ajuda a reverter os sintomas de hipoglicemia, logo que sejam reconhecidos.
- Afastar da condução veicular quando for portador de doenças vasculares ou neurológicas graves ou irreversíveis.
-Enfim, siga sempre as orientações do seu médico assistente clínico ou endocrinologista e siga rigososamente o tratamento, o que vai aumentar muito a segurança para dirigir.