quarta-feira, 13 de junho de 2012

Motos com air bag


Enquanto o poder público ignora as estatísticas de acidentes de trânsito envolvendo motociclistas – que só em São Paulo apontam a morte de pelo menos 1,4 ocupante de moto por dia –, as empresas se antecipam e trazem ao mercado equipamentos de segurança cada vez mais sofisticados. O mais novo deles é a jaqueta com air bag, que há 17 anos vem sendo usada com sucesso no Japão, tornando-se item obrigatório de proteção nas polícias japonesa e francesa.
    O air bag chegou ao Brasil em janeiro, trazido com exclusividade pela Denko. Mas, por enquanto, só está à venda em São Paulo, no Shopping Moto & Aventura (na Alameda Barão de Limeira, 71), e na cidade catarinense de Chapecó.
    A jaqueta vem com um cabo expiral que é conectado ao chassi da moto – à exemplo do jet-ski – e tem um tubo de CO² acoplado em um bolso interno . Em caso de queda, ao sofrer um impulso entre 25 e 30 quilos, o sistema é acionado e inflado em 0,25 segundos (literalmente em um piscar de olhos).
    O equipamento tem air bag na frente, nas costas, no pescoço e nas laterais. Segundo Milton Nakamura, executivo da Mugen Denko do Brasil, ele protege do efeito chicote do corpo, que faz rodar ou arrasta a pessoa, e de impactos, principalmente em coluna e bacia.
    Causa Própria
    Nakamura conta que o engenheiro elétrico Kenji Takeuchi, criador do projeto no Japão, desenvolveu o air bag após um período de luto em razão da morte de um ente querido em acidente de moto.
    A jaqueta custa R$ 2.488 e o cilindro de gás carbônico que a acompanha – e é trocado – mais R$ 73. Nakamura lamenta que, infelizmente, por causa do preço, poucos motociclistas podem ter acesso ao equipamento que poderia evitar tantas mortes. ''Apenas de impostos pagamos 82% do valor'', diz.
    Segundo a gerente da loja Denko, Alice Okawa, até agora mães, mulheres e namoradas de motoqueiros têm sido as principais interessadas na compra do equipamento, que tem três versões diferentes.

    Motociclista é habilitado longe da realidade do trânsito

    Um dos fatores que ajudam a engrossar as estatísticas de acidentes de moto, na opinião de José Eduardo Gonçalves, diretor da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), é a falta de instrutores altamente qualificados para treinar pilotos em direção defensiva.
    ''As moto escolas dão as condições necessárias para o piloto se habitar. Apenas isso. O perfil delas é semelhante ao de cursinhos de vestibular, que se limitam ao básico com vistas ao sucesso do aluno na provas'', diz.
    A Abraciclo, afirma Gonçalves, defende a realização de exames práticos também nas vias de trânsito intenso. ''Hoje as provas são feitas apenas em circuito fechado e o motociclista não é colocado em contato com a realidade do trânsito, com vias esburacadas, bueiros abertos e outros obstáculos'', comenta.

    Segundo um levantamento feito pelo Instituto de Ortopedia e traumatologia do Hospital das Clínicas com 255 pacientes acidentados com motocicleta, 67% utilizavam a moto apenas como meio de transporte e não como ferramenta de trabalho.

    Isso significa que não são os motoboys as principais vítimas do trânsito, mas as pessoas que usam o veículo esporadicamente.
    A partir do segundo semestre, a Companhia de Engenharia de Tráfego, em parceria com o HC e a Abraciclo, vai realizar, pela primeira vez, estudo das  causas reais dos acidentes de moto.
    Especialistas em trânsito defendem a adoção de medidas de impacto para conscientizar a todos, motoristas e pilotos, da necessidade de respeito na direção.

Fonte: Rede Bom Dia

terça-feira, 5 de junho de 2012

O novo mercado consumidor de seguros auto


Entre 2008 e 2011, o consumo do serviço cresceu 40%, tornando esta parcela da sociedade a maior consumidora de seguros automotivos, de acordo com o levantamento realizado pela Experian Marketing Services.

Por dentro da classe C
De acordo com a classificação do Mosaic Brasil, feita pela Experian, o principal grupo da classe C a consumir seguros automotivos foi o de Aspirantes Sociais, responsável por 22,5% dos seguros realizadosem 2011. Este subgrupo é formado com idade média de 41 anos e com renda média mensal de R$ 1.620,00.

Em relação ao consumo de seguros para automóveis entre 2008 e 2011 pelo grupo Periferia Jovem, formada por pessoas com renda mensal de R$ 950 e idade média de 32 anos. O consumo deste grupo passou de 4,1% para 9,8% em três anos.
Outro perfil avaliado é o Brasil Rural, que representam 16,05% do total da população brasileira com idade média de 42 anos e renda média mensal de R$ 960. O grupo era responsável por 4% dos seguros auto no País em 2008, percentual que subiu para 9% em 2011.
Os menores percentuais observados pela pesquisa foram entre os grupos Envelhecendo no Interior (1,3%) e Aposentadoria Tranquila (2,2%).
“O novo mercado consumidor de seguros auto, composto por grupos em ascensão social, passa a ser o foco das empresas, que agora buscam melhorar a comunicação e interação com essa população. Nesse novo relacionamento que se estabelece, há uma ampla possibilidade de diversificação de ofertas segmentadas. Assim, entender que é este novo público é fundamental para o crescimento dos negócios das seguradoras”, afirma o presidente de Marketing Services da Serasa Experian e Experian América Latina, Juliano Marcílio.

Ricos, mas com menor participação
Entre as classes mais altas, no período de três anos, houve queda no percentual de participação delas.

Os Ricos, Sofisticados e Influentes tiveram sua participação nos seguros de automóveis reduzida de 15,1% para 7,9% entre 2008 e 2011, enquanto os Prósperos Moradores Urbanos tiveram queda de 22,8% para 15,1%. Já entre os Empreendedores e Comerciantes, a queda foi de 16,2% para 14,1%.
Segundo o estudo, estes segmentos de renda mais elevada da sociedade, que historicamente tiveram quase que exclusivo das seguradoras, passaram a disputar a atenção das empresas com o novo mercado consumidor.
Fonte: Infomoney