terça-feira, 24 de julho de 2012

Carros com maior índice de roubos e furtos no Brasil no mês de junho


A pedido da exame.com, a CNSeg revelou quais foram os modelos com maior incidência de roubos em termos relativos, entre os 19.987 carros roubados no mês

A pedido da exame.com, a CNSeg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização) elencou os 10 carros com maior índice de roubos e furtos no Brasil no mês de junho. No topo da lista ficou o Fiat Punto, com 94 carros roubados no mês.
 
O resultado desta lista não se refere ao número de roubos em termos absolutos, mas sim aos modelos que tiveram maior índice de roubo em relação ao tamanho da sua frota. Assim, é possível observar quais são os carros preferidos dos ladrões, sem que os modelos com maiores frotas fiquem sempre à frente.
 
Em termos relativos, não são os carros populares - com mais exemplares em circulação - que figuram entre os mais roubados, mas sim modelos menos vendidos, mas que costumam enfrentar maior dificuldade para reposição de peças. “O alto custo da peça é o primeiro fator para o carro ser roubado. O segundo é a disponibilidade dessa peça. Como uma peça original costuma ser cara nas concessionárias e pode demorar a chegar, alguns motoristas buscam a peça no mercado paralelo, o que contribui para um aumento de roubos”, explica Ilson Barcelos.
 
No total, foram roubados 19.987 carros no mês de junho, o que significa uma incidência de quatro roubos ou furtos a cada 10.000 carros circulantes.

1º lugar: Fiat Punto

Quantidade de roubados/furtados: 94

Frota: 95.970
 
Frequência de roubos/furtos: 0,098%
 
O líder do ranking, Fiat Punto, foi lançado em 2007 no Brasil e é o 27º carro mais vendido em 2012 segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). O carro se enquadra na categoria hatch compacto premium e tem como concorrentes diretos o Citroën C3 e Volkswagen Polo.
 
O Fiat Punto carrega como itens de série computador de bordo, faróis de neblina, Fiat Code, sistema Follow Me Home, párabrisa degradê, vidros escurecidos nas laterais e vidros elétricos (na dianteira) e alerta de manutenção. O fato de ser bem aparelhado pode ser um atrativo para os ladrões.

2º lugar: Peugeot 307

Quantidade de Roubados/Furtados: 83
 
Frota: 88.832
 
Frequência de roubos/furtos: 0,093%
 
À venda no Brasil desde 2002, o hatch médio da Peugeot não está na lista dos 50 carros mais vendidos da Fenabrave. Seus principais concorrentes são o Ford Focus, Citroën C4, Hyundai i30, Volkswagen Golf, Chevrolet Vectra GT e Nissan Tiida.
 
Segundo Ilson Barcelos, a alta incidência de roubos do carro pode estar ligada a dois fatores principais: a dificuldade de reposição das peças da marca Peugeot e o fato de o veículo se manter com as mesmas características por vários anos e as mesmas peças servirem em diversos modelos. "A Peugeot tem uma tremenda dificuldade de reposição das peças e o pessoal recorre ao mercado paralelo. E como as peças servem para mais de um modelo, a procura é maior. A mente criminosa procura os carros com peças mais fáceis de desovar", diz.

3º lugar: Fiat Stilo

Quantidade de Roubados/Furtados : 85

Frota: 90.992

Frequência de roubos/furtos: 0,093%

 Lançado no mercado brasileiro em 2002, o Fiat Stilo parou de ser produzido em 2010. O hatch médio tinha como principais concorrentes os carros Ford Focus, Citroën C4, Hyundai i30, Volkswagen Golf, Chevrolet Vectra GT, Peugeot 307 e Nissan Tiida.
 
Para Ilson Barcelos, o alto índice de roubo pode ser associado ao fato de o carro ter encerrado sua produção. “O Stilo é um carro de alto padrão, mas não tem tanto valor de mercado hoje porque saiu de linha. As peças, então, ficam cada vez mais caras em relação ao valor do carro e mais difíceis de serem encontradas. Com isso, os motoristas buscam preços mais acessíveis no mercado paralelo, pressionando os roubos”, avalia. 

4º lugar: Spacefox

Quantidade de Roubados/Furtados: 72

Frota: 82.089
 
Frequência de roubos/furtos: 0,088%

Lançado em 2007 no Brasil, o Volkswagen SpaceFox é o 44º carro mais vendido em 2012, segundo a Fenabrave. O modelo sportvan, parente do Volkswagen Fox e do CrossFox (com painéis e espaço interno semelhantes, mas mais completo), compete principalmente com as peruas e minivans, como o Fiat Palio Weekend, Honda Fit, Fiat Idea e Chevrolet Meriva.
 
Como muitas das peças podem ser usadas em  vários modelos da linha Fox, a demanda aumenta, pressionando a busca destas peças em desmanches. "Tirando as traseiras, que são diferentes, os modelos da linha praticamente não diferem um do outro. Cerca de 80% das peças servem para mais de um modelo", Barcelos. Ele acrescenta que os carros da linha Fox são mais completos e possuem um grande volume de itens de série, o que também deixa o carro mais visado.

5º lugar: Fiat Fiorino

Quantidade de Roubados/Furtados: 83
 
Frota: 338.706
 
Frequência de roubos/furtos: 0,084%

Lançado em 1980, o Fiat Fiorino já passou por diversas remodelações e é líder no segmentos de veículos comerciais. Este ano foi o vencedor de uma das mais importantes premiações de veículos comerciais, o Prêmio Lótus, ficando em primeiro lugar na categoria “Furgão Leve do Ano” .
 
No ranking de 2011 da CNSeg, o Fiorino ficou em 2ºlugar, com um índice de 1,061%, quase 11 ocorrências a cada 1.000 veículos.  
 
Ilson Barreto explica que como o modelo é mais usado por empresas, são carros que costumam ficar mais tempo circulando, portanto ficam mais desgastados e mais expostos a riscos. "O Fiorino é muito usado comercialmente. Ele tem um alto nível de desgaste e a tendência é que ele precise de mais manutenção e de reposição de peças. E como ele fica muito tempo na rua, fica mais exposto", comenta.

6º lugar: Fiat Idea

Quantidade de Roubados/Furtados: 119
 
Frota: 142.684
 
Frequência de roubos/furtos:  0,083%

O Fiat Idea, lançado no Brasil em 2005, foi o sexto carro mais roubado do mês de junho. Na categoria minivan compacta, o Idea tem entre os principais concorrentes o Chevrolet Meriva, Nissan Livina e o Honda Fit. Em 2010, o Idea foi totalmente repaginado, ganhou novos faróis, capô, para-choques, lanternas, porta traseira e está na 36ª posição entre os carros mais vendidos em 2012, segundo a Fenabrave. 
 
O modelo ocupou o terceiro lugar no ranking da CNSeg de 2011, com 1.335 unidades roubadas ou furtadas em um universo de 141.283 carros, o que gerou um índice de 0,945%. Foram cerca de 9 veículos roubados a cada 1.000. "É um veículo que tem peças muito caras em relação ao valor de mercado", explica Ilson Barcelos.

7º lugar: Chevrolet Zafira

Quantidade de Roubados/Furtados: 119
 
Frota: 109.668

Frequência de roubos/furtos: 0,076%

A Chevrolet Zafira ficou em sétimo lugar entre os carros mais roubados em junho e não está na lista dos 50 mais vendidos em 2012 da Fenabrave. Lançada em 2001, a minivan de sete lugares rivaliza com o Renault Scénic e o Citroën Picasso.
 
Por ser um carro bastante resistente, muitos motoristas permanecem com a Zafira por bastante tempo. E, se por um lado o carro não exige manutenção com tanta frequência, por outro os anos de uso o levam à depreciação, deixando as peças proporcionalmente mais caras. Isso leva alguns motoristas a recorrerem ao mercado informal. 
 
Ilson Barcelos também explica que com a redução do IPI para veículos, os carros novos sofreram reduções nos preços, provocando também uma desvalorização nos preços dos usados. Isso resultou em um aumento das fraudes por parte dos motoristas, que forjam roubos. "O consumidor tem a sensação de que perdeu dinheiro com o carro e o abandona para receber o valor do seguro por roubo", diz Barcelos, ressaltando que o aumento das fraudes vale não apenas para a Zafira, como para outros modelos.

8º lugar: Fiat Doblò

Quantidade de Roubados/Furtados: 67
 
Frota: 95.538
 
Frequência roubos/furtos: 0,070%

Desde 2001 no mercado, o Fiat Doblò, compete diretamente com o Renault Kangoo e o Citroën Berlingo. 
 
Barcelos acredita que tanto o Doblò quanto os outros carros da Fiat estão entre os mais roubados pelo fato de as peças da montadora apresentarem custo mais elevado. "O custo de reposição das peças da Fiat é alto, então o consumidor busca o mercado negro", afirma. 
 
A multivan não está na lista dos 50 mais vendidos da Fenabrave.

9º lugar: Citroën C3

Quantidade de Roubados/Furtados: 153

 Frota: 220.876

 Frequência de roubos/furtos: 0,069%

O Citroën C3 foi o 31º carro mais vendido em 2012, segundo a Fenabrave. O carro tem como itens de série direção elétrica, ar condicionado e computador de bordo e é bem equipado, o que pode ser um fator de atração para os ladrões. 
 
Mas, segundo Ilson Barcelos, a dificuldade em se obter peças da Citroën é o principal fator de influência no alto índice de roubo. "A própria concessionária tem dificuldade em repor as peças, e o cliente tem que entrar em fila de espera quando não tem seguro. A demora conjugada com a dificuldade de obtenção nas peças acabam levando o motorista a buscar desmanches ou peças não originais", explica.

10º lugar: Renault Sandero

Quantidade de Roubados/Furtados: 161
 
Frota: 235.446
 
Frequência  de roubos/furtos: 0,068%
 
O mais popular da lista, o Ranult Sandero é o 9º carro mais vendido em 2012, segundo a Fenabrave. Na mesma linha dos populares Volkswagen Gol, Fiat Palio e Chevrolet Corsa, o Sandero pode se diferenciar de seus similares no quesito roubo por conta da diversidade de versões. "O Sandero tem muitas versões e uma mesma peça vale tanto para o Stepway quanto para a versão mais básica, então a busca por peças no mercado é alta e os demanches buscam justamente os carros com a maior demanda", explica Ilson. 
 
Além disso, Ilson Barcelos afirma que o Renault Sandero tem sido um carro bastante adotado por empresas, aumentando o risco de roubos. "Muitas empresas adotaram o Sandero como frota, e quando o carro é utilizado por empresas, o uso é mais frequente, aumentando tanto a necessidade de manutenção e reposição de peças, quanto a exposição a roubos por ficar na rua", pondera.

Fonte: Exame


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Mulheres representam mais de 40% dos seguros de carro


Em crescimento maior do que a média do setor nos últimos cinco anos, as mulheres passaram a representar mais de 40% da carteira das principais seguradoras de carro do país.


"Elas têm crescido 15% ao ano, enquanto o resultado do setor é de 10%", diz Marcelo Sebastião, diretor da Porto Seguro, que tem 45% de mulheres entre os clientes.

Em função da maior cautela para dirigir, as apólices são mais baratas para o sexo feminino. "A diferença de preço varia conforme a região do país, mas a média é de 10% a 12%", afirma Fernando Cheade, superintendente-executivo da Bradesco Auto/RE.

De acordo com estudo do grupo BB e Mapfre, as mulheres representam 19% menos riscos para as seguradoras.

"Elas costumam se envolver mais em pequenas colisões e menos em sinistros de perda total", diz Jabis Alexandre, diretor do grupo.

Para o executivo da Porto Seguro, a escolha de lugar para estacionar o carro também influencia no preço mais baixo para as mulheres. "Em geral, as motoristas preferem estacionamentos e evitam ao máximo parar na rua, ao contrário dos homens."

números

19% menor é o risco para as seguradoras ao venderem apólices para as mulheres, segundo o grupo BB e Mapfre

45% é a representatividade do sexo feminino nas carteiras de seguro de carro da Porto Seguro e da Bradesco Auto/RE





Fonte: Folha de S. Paulo | Mercado Aberto | BR


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Seguro residencial em alta


Imóveis em condomínios, apartamentos ou residências comuns são alvos de assaltos em todo o Brasil. No Rio de Janeiro, a realidade não é diferente. De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), de janeiro a maio deste ano, os roubos a casas tiveram um crescimento de 25,1% em comparação ao mesmo período de 2011.

"Com este cenário negativo, é importante tomar alguns cuidados para minimizar os prejuízos, caso alguma situação inesperada aconteça. Assaltos, incêndios e alagamentos são apenas alguns dos imprevistos que podem comprometer a segurança do lar e o orçamento familiar”, observa o advogado imobiliário Carlos Samuel Silva Freitas.

Para o especialista, ter um seguro residencial é primordial. Ele explica que o aquecimento do mercado imobiliário e a elevação da renda da população também contribuíram para que a adesão a esta modalidade aumentasse. "Antigamente, os seguros residenciais eram considerados artigos de luxo. Hoje, quem tem um imóvel não pensa duas vezes para contratar o serviço", afirma.

A Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg) confirma esta expansão do segmento no Brasil. Em 2011, o mercado de seguros residenciais faturou R$ 1,44 bilhão, valor 15% superior ao registrado em 2010. Nos primeiros três meses de 2012, o faturamento superou R$ 377,1 milhões. "A proteção do imóvel promove uma sensação de conforto e tranquilidade para o proprietário. Além disso, o serviço garante suporte quando necessário", ressalta Freitas, que também é diretor do departamento Comercial e de Locações da Primar Administradora de Bens.

Para proteger o patrimônio, as seguradoras oferecem diversos planos e serviços agregados. Segundo o especialista, mais do que atender aos sinistros, a tendência dos seguros é resolver problemas emergenciais, como questões relacionadas à parte hidráulica e elétrica do imóvel. "A oferta de outros tipos de serviços cresce conforme a demanda. A variedade de produtos oferecidos tem como objetivo facilitar o acesso das famílias ao seguro residencial, independentemente da renda. O preço praticado depende da cobertura. O proprietário escolhe a opção que cabe no seu bolso", completa.

As coberturas tradicionais incluem assistência em caso de incêndio, roubo, explosão, danos elétricos, vendavais, granizo, desmoronamento e outros. Os valores da indenização variam conforme a localização do imóvel, uso, tipo de construção e do produto contratado. Caso a residência esteja em um condomínio, o seguro deve ser individual, já que as coberturas condominiais cobrem o terreno e não cada unidade habitacional.


fonte:Escola Nacional de Seguro

segunda-feira, 2 de julho de 2012

MP: Caixa deve indenizar clientes por venda casada em financiamento


O Ministério Público Federal solicitou à Justiça que a Caixa Econômica Federal indenize os clientes que tiveram que adquirir outro produto no momento de contratar algum tipo financiamento junto ao banco, a chamada venda casada. O MP ainda solicita que o banco dê publicidade via imprensa da condenação que proibiu o banco a exercer a prática, considerada abusiva, segundo informações divulgadas pela Procuradoria Regional da República.
Segundo o órgão, a Justiça Federal já determinou o fim da venda casada e a obrigatoriedade de informar os clientes sobre não ser necessário comprar outros produtos para se conseguir um financiamento no banco. Cabe recurso da decisão.
O caso se refere ao condicionamento da liberação de financiamento, principalmente o habitacional, à aquisição de outros produtos financeiros, sejam eles obrigatórios, como seguros, ou não - como abertura de contas, planos de capitalização e poupanças.
A ação civil pública foi apresentada inicialmente pela Procuradoria da República do Município de Bento Gonçalves. O procurador Alexandre Schneider ouviu diversos clientes e apurou que em todos os contratos de financiamentos consultados houve a imposição do banco para aquisição de outros serviços para a liberação do crédito habitacional.
De acordo com o comunicado da Procuradoria, condicionar a venda de um produto a outro "retira do consumidor a livre escolha de opção pela aquisição dos produtos e não lhe dá a informação necessária para poder optar, ou não, pela compra".
Além disso, o MP pede que a Caixa anule os contratos acessórios firmados nos últimos cinco anos, além de indenizar os clientes lesados.

Fonte: Terra.com.br